AS PRÁTICAS EDUCATIVAS DO POVO INDÍGENA TABAJARA DA PARAÍBA NO SÉCULO XXI
Sinopse
Esta obra é um fragmento da vida dos indígenas Tabajara da Paraíba, feito com muita tenacidade e amabilidade, sobre o cotidiano, a vida e a ancestralidade desses originários no século XXI. Foi resultado de uma pesquisa, bastante aguerrida, no doutorado em Educação da autora, realizada na Universidade Iberoamericana - UNINI, no México.
É um convite para o leitor se apropriar e apreender dessa cultura originalmente brasileira, que foi silenciada e invisibilizada, até considerada extinta durante todo século XX, mas que em 2006, essa gente fez sua aurora num grito vibrante, que ecoou impetuosamente na sociedade excludente.
Cabe destacar que a obra é fruto da vivência da pesquisadora com essa etnia, que de maneira ousada e pioneira, fixou moradia por dois anos na aldeia, no período da pesquisa. De forma audaz, contribui para dar voz e visibilidade a esse povo na sua primeira pesquisa mestrado, concluída em 2011 (Farias; Barcellos, 2015). Portanto a convivência com os Tabajara por mais de uma década, contribuiu sobremaneira, para um refino e uma garimpagem acadêmica apurada resultando neste volume.
O que aqui é publicizado revela memórias, histórias de vida, relatos, lágrimas, de como os indígenas foram subjugados, violentados, maltratados, resultando em atrocidades e obrigando-os a sobreviverem em fazendas da região e nas periferias das cidades, mas tendo a sabedoria de levarem consigo suas ensinagens, saberes, vivências, sonhos, desejos e esperanças de ressurgirem com mais força, quando lhes fossem dadas as condições necessárias, para manifestarem sua identidade, tradição, ancestralidade e diversidades.
O livro mostra a resistência e a persistência desses indígenas em retomar ao seu território e de maneira mais específica sua resiliência; apresenta como acontece a educação e seus desdobramentos na sua organização social, política, econômica, seu modo de ser, sentir e existir, resistindo; sua conexão com o transcendente, suas espiritualidades e religiosidades, enfim o seu viver tendo assegurada, não só as garantias constitucionais, mas também seus direitos e deveres, esperançando e reafirmando sua identidade e sua existência.